Fenamilho Internacional: Abelhas Sem Ferrão chamam atenção

  • 06/05/2019
Fenamilho Internacional: Abelhas Sem Ferrão chamam atenção

O espaço voltado à divulgação da Meliponicultura foi um dos locais mais visitados da Mostra Tecnológica da Agricultura Familiar, atração permanente da Fenamilho Internacional, na semana passada, no Parque Municipal de Exposições Siegfried Ritter, em Santo Ângelo. As abelhas sem ferrão têm chamado atenção de interessados em produzir mel, tanto no campo como na cidade, e seu manejo foi orientado pela Emater/RS-Ascar durante a feira.

Criador de quatro espécies de meliponídeos, mandaçaia, manduri, tubuna e mirim, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Santo Antônio das Missões, André de Oliveira, conta que a variedade de espécies também permite a diversidade de sabores de mel, além de ser possível produzir com segurança. “Tenho três destas espécies, com exceção da tubuna, na sacada do apartamento, e elas convivem tranquilamente entre si”, comenta Oliveira. Ele relata ainda que no Brasil existem mais de 200 espécies nativas de abelhas sem ferrão, 24 destas encontradas no Rio Grande do Sul. Bieira, boca de sapo, borá, canudo, guaraipo, iraí, irapuã, jataí, mandaçaia, manduri, mirim-preguiça, mirim-emerina são algumas delas.

Além do técnico de Santo Antônio das Missões, também passaram pelo espaço da Emater/RS-Ascar para compartilhar orientações o supervisor microrregional Joney Braun, o engenheiro agrônomo de Roque Gonzales, Luís Miguel Haab, e o técnico de São Paulo das Missões, Carlos Kaefer.

Meliponicultura

A Meliponicultura consiste na criação racional de abelhas popularmente conhecidas como sem ferrão ou nativas, especialmente dos gêneros Melipona e Trigona. Quem conhece sua importância, preserva, uma vez que das quase 310 mil espécies de plantas conhecidas atualmente, 87% delas dependem, em algum grau, de polinizadores animais.

As abelhas sem ferrão já existiam antes da chegada das abelhas com ferrão e estavam em processo de extinção por causa das ações do homem através do desmatamento, queimadas, lavração do solo e uso de agrotóxicos.

O mel das abelhas sem ferrão é fonte de energia, pode ser utilizado como adoçante natural em substituição ao açúcar, possui alta qualidade nutricional, tem propriedade expectorante e atua como sedativo, cicatrizante, digestivo e laxativo.

Para preservá-las, a Emater/RS-Ascar chama a atenção para o cuidado com o uso de químicos na agricultura. Os produtos químicos podem acabar com as abelhas e, em consequência disso, interferir na produção e produtividade de toda a cadeia produtiva da região.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional Santa Rosa

Fotos: José Schafer


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